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No mês de outubro comemora-se uma série de datas que homenageiam diversos profissionais da saúde. Entre eles, alguns que fazem parte da equipe multidisciplinar do programa de reabilitação da Rede Lucy Montoro, como o médico, o fisioterapeuta, o terapeuta ocupacional e o dentista.

Esses profissionais tem um grande impacto na vida da pessoa com deficiência em reabilitação. Para dar uma pequena amostra disso, conversamos com dois pacientes dos nossos institutos.

NatáliaNatália Didone tem 21 anos e há dois teve um AVC. Ficou acamada por meses até iniciar a sua reabilitação no Instituto Lucy Montoro no Morumbi. Desde então, essa nova etapa de sua vida é marcada pelo comprometimento da equipe que a atendeu no Lucy Montoro. “Estou aqui há seis semanas e os médicos são muito atenciosos. Eles vêm aqui no quarto com carinho, toda a semana, e falam das minhas evoluções e o que está faltando”, começa a contar a jovem.

O atendimento, esclarece Natália, é humano mesmo quando precisa ouvir as informações mais delicadas do seu tratamento. “A gente pensa, quando tem algum acidente, que vai recuperar super-rápido. E o médico aqui me falou que eu ia recuperar, com algumas sequelas e que podia demorar, mas que era para eu continuar tentando”, explica a jovem, que pretende continuar a faculdade de Linguística que cursava em São Carlos, no interior de São Paulo.

A estudante também lembra agradecida do empenho e dedicação desses profissionais para que ela conseguisse uma órtese para sua perna esquerda e também para receber aplicações de toxina botulínica que auxiliaram muito em seu tratamento. “Esse braço, ele nem mexia, agora ele está mexendo. A ação da toxina botulínica abriu a minha mão. (...) A aplicação na perna também me ajudou bastante. Os profissionais aqui tratam a gente com muito amor”.

Ir para a luta

Andrea e LeandroNo Instituto de Medicina Física e Reabilitação (IMREA) Vila Mariana, outro jovem testemunha toda a importância da equipe multiprofissional na evolução do seu quadro. “Antes eu não tinha vontade de nada, agora eu estou totalmente diferente”, inicia Leandro de Mendes Paula Jr, que sofreu um acidente de carro há um ano e três meses.

Na época, Leandro fazia faculdade de Educação Física. “Eu gostava de futebol, mas agora estou começando a fazer jiu-jitsu. No início [após o acidente] fiquei revoltado por não jogar mais futebol, mas aqui me falaram para ir para a luta. Eu pensava que não ia gostar de jiu-jitsu, mas acabei gostando.”

Voltar a praticar esportes deu outro horizonte à vida de Leandro. Sua mãe, Andréa Galves de Paula, relata de maneira emocionada toda a garra da família após o acidente. “Ele [Leandro] entrou no programa [de reabilitação] de um jeito e saiu completamente outro. (...) Quando entrei aqui, eu estava com um problema que não conseguia carregar. O ser humano é engraçado. Se ele não precisa de algo, ele não se interessa. Quando entrei aqui, vi que era possível reabilitar após o acidente do Leandro, e com muito mais amplitude.”

Andrea não esquece uma vez em que todo o envolvimento de sua família foi elogiado por um dos fisiatras da Rede Lucy Montoro. “O médico falou que a gente era uma família maravilhosa. Ele disse que o tripé do tratamento é a família, a força de vontade e, depois, a reabilitação”, conta sorrindo. “Antes de internar no Lucy, eu já procurava informações na internet. Eu tinha certeza de que o Leandro ia se internar aqui e pensava ‘ele vai chegar num nível legal’.”

A mãe de Leandro destaca, também, o estímulo dado pelos profissionais da Rede para que os cuidadores e acompanhantes participem da reabilitação e aprendam posturas e cuidados para toda a vida. “Os médicos e os terapeutas daqui ensinam de um jeito fácil, pra gente ir replicando. Tudo o que eu faço, eu aprendi aqui e, o que eu já fazia antes, eu aprendi a fazer do jeito certo”, relata. “Eu pergunto e repergunto, porque sei que aqui é temporário.”