Primeira Oficina Escola de Órtese e Prótese do Brasil é inaugurada em São Paulo

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Serviço oferecerá cursos gratuitos de cuidado e manutenção de cadeira de rodas, órteses e próteses, além da capacitação a profissionais da rede municipal de saúde e cuidadores dos pacientes

A Prefeitura de São Paulo conta agora com a expertise dos profissionais da Rede de Reabilitação Lucy Montoro. No dia 31 de janeiro, foi inaugurada a primeira Oficina Escola de Órteses e Próteses do Brasil, funcionando dentro do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM). A primeira aula já foi ministrada na própria sexta-feira para oito profissionais selecionados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo.

A Oficina Escola de Órtese e Prótese oferecerá cursos gratuitos sobre o cuidado e a manutenção de cadeira de rodas, prescrição de órteses e próteses e orientação aos cuidadores de pacientes e a profissionais de cinco hospitais da rede municipal de saúde.

Participaram da cerimônia de lançamento a presidente do Conselho Diretor do IMREA e idealizadora da Rede Lucy Montoro, Profa. Dra. Linamara Rizzo Battistella, o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido dos Santos, o presidente da Abotec, Peter Kuhn, e o superintendente do Hospital do Servidor Público Municipal, Luiz Carlos Zamarco, entre outros.

A parceria entre a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, da Associação para a Educação, Esporte, Empreendedorismo e Direitos dos Pacientes da Divisão de Reabilitação do Hospital das Clínicas de São Paulo (AEDREHC), associação formada por ex-pacientes da Rede Lucy Montoro, recebe o apoio do Centro Colaborador da OMS e da Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC).

Ao lado do secretário municipal de saúde, a Profa. Dra. Linamara Rizzo Battistella, destacou a soma de 7 milhões de pessoas com dificuldade de locomoção a serem atendidas no estado de São Paulo, diante do aumento expressivo de acidentes e de doenças crônicas que geram incapacidades.

"Precisávamos fazer alguma coisa impactante, de resultados efetivos. Porém, a formação de recursos humanos sempre foi uma barreira, em função do mercado privado absorver o pessoal que capacitamos. Decidimos o projeto e faltava um lugar de fácil acesso, quando finalmente surgiu a oportunidade no Hospital do Servidor Público Municipal. Pensamos no curso de órtese e prótese considerando a rápida recuperação e manutenção da funcionalidade do paciente”, revelou.

Segundo a professora Linamara, mais de 12 milhões de pessoas no Brasil precisam de suporte de ajuda técnica para locomoção e mobilidade (mais de um bilhão de pessoas no mundo). “Queremos que a vida do paciente tenha prazer, funcionalidade e participação, irradiando esse conceito para nossa cidade inteira, estado de São Paulo e Brasil. É a primeira oficina escola no Brasil, um marco diferencial e um modelo inovador”, declarou a médica, que também é professora da Faculdade de Medicina da USP.

Além do HSPM, o Hospital Municipal Jabaquara, o de Ermelino Matarazzo, Hospital do Campo Limpo e do Tatuapé participam da capacitação dirigida a fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e médicos que atuam nessas unidades. Os 33 Centros Especializados em Reabilitação (CER) também terão vagas nos cursos da Oficina Escola. Até o final do ano, 95 profissionais da rede municipal devem ser capacitados.

A iniciativa pretende dar sustentabilidade às tecnologias da reabilitação. Ou seja, sabendo manusear corretamente e fazer a manutenção das próteses e órteses, os equipamentos têm maior durabilidade, reduzindo os custos e a necessidade de troca.

O conteúdo dos cursos é de responsabilidade dos profissionais da Rede Lucy Montoro e os certificados serão emitidos pela AEDREHC. O curso de cuidado e manutenção de cadeira de rodas será voltado para pacientes, cuidadores, técnicos de órtese, prótese e meios auxiliares de locomoção (OPM), além de profissionais encarregados pela manutenção de equipamentos médicos.

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